Nesta sexta-feira (30), 25º dia de greve, o Sindicato dos Bancários do Ceará encerrou a semana de paralisações com agências fechadas nos principais corredores bancários de Fortaleza. Os bancários reforçam a mobilização para quebrar a intransigência dos banqueiros, que nas últimas rodadas de negociação tem apresentado proposta insuficiente diante dos seus altos lucros.
Em todo Ceará, estiveram fechadas no dia de hoje, 30/9, 431 agências, do total de 562, sendo259 na Capital e 303 no Interior. A adesão é forte chegando a 77%. Este ano, a greve está sendo considerada a mais forte dos últimos 25 anos em adesões, para forçar o patronato a voltar à mesa de negociação, com avanços na proposta.
“A nossa expectativa era de que a proposta da Fenaban, na última mesa de negociação, atendesse aos nossos anseios. Mas, como sempre, infelizmente, os banqueiros apostam no confronto e a categoria só arranca conquistas com a paralisação. São os banqueiros que nos empurram para a greve”, disse Alex Citó, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú.
Para o empregado da Caixa e diretor do Sindicato, Rochael Almeida “nossa campanha não visa somente melhores salários, mas também condições dignas de trabalho para o bancário e a prestação de um melhor serviço à sociedade. A greve é a última ferramenta que nos resta, pois ao que parece, essa é a única linguagem que o banqueiro entende”.
OAB – O Sindicato dos Bancários do Ceará foi notificado no último dia 27/9, sobre decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT 7) para restabelecer o funcionamento por duas horas de postos de atendimento e agências que funcionam em órgãos do poder judiciário estadual e federal. A entidade lamenta essa posição oriunda de ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em querer defender exclusivamente o segmento de advogados, mas informa que irá cumprir todas as determinações da decisão judicial. Entretanto, o Sindicato irá recorrer dessa decisão por entender que a categoria está no seu legítimo direito de greve.
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