Sob pressão da CUT, das demais centrais sindicais e dos movimentos sociais que fizeram mobilizações contra o desmonte da CLT, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) derrotou por 10 a 9 a proposta de Reforma Trabalhista do golpista e ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP). O resultado surpreendeu o apoiadores golpistas, que davam como certa sua aprovação.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “esse resultado é uma demonstração cabal de que a mobilização e a pressão é a arma mais eficaz da classe trabalhadora contra os desmontes sociais, trabalhista e previdenciário que Temer e sua turma querem fazer”.
Vamos continuar mobilizados rumo a greve geral, disse Vagner que completou: “é importante continuar e reforçar as nossas mobilizações nos Estados e Municípios, principalmente nas bases dos senadores que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a proposta vai ser votada no próximo dia 28 de junho”.
Essa é a primeira de uma série de derrotas que a CUT, as demais centrais e os movimentos sociais vão impor a Temer. O Palácio do Planalto dava como certa a aprovação do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que foi rejeitado na terça.
Vagner alerta que a rejeição do relatório na CAS representa uma derrota política de Temer, mas a luta segue na CCJ e no plenário da Casa. Isso porque, a CAS aprovou o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), que apresentou mudanças no texto encaminhado pela Câmara dos Deputados, mas o resultado da votação não interrompe a tramitação da proposta do governo. A decisão final sobre o voto em separado do Paim e a proposta do governo cabe ao plenário do Senado.
CUT convoca Greve para enterrar reformas
O presidente da Central, Vagner Freitas aponta que revés no Senado mostra sucesso de estratégia sindical e popular. Diante do revés sofrido pela base do ilegítimo Michel Temer (PMDB), o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, lembrou em encontro com parlamentares da oposição e lideranças do movimento sindical que o resultado era fruto da mobilização da classe trabalhadora.
“A luta dá resultado, pode demorar um pouco, mas dá resultado, sempre deu. Fizemos a maior Greve Geral da história e não era possível que não desse resultado nenhum. E nosso trabalho está certo porque estamos indo aos municípios dizer que quem votar a favor (das reformas) não vai se eleger. Não adianta querer morrer abraçado com o Temer, porque ele tem prazo de validade. Deputado e senador que quiser se eleger precisa do voto do povo e o povo não vai votar em que acabou com o trabalho dele, com a carteira assinada dele, com as férias e com a aposentadoria”, apontou.
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