A filial brasileira do banco Santander fechou 2007 com lucro líquido de R$ 1,86 bilhão, com uma alta de 48% sobre os R$ 1,26 bilhão obtidos no ano anterior.
No consolidado mundial, o grupo financeiro espanhol lucrou US$ 13,23 bilhões, com avanço de 19,3% sobre 2006.
Segundo a empresa, um dos principais motivos para a alta do lucro no Brasil foi o avanço de 17% em sua carteira de crédito, que atingiu R$ 43,7 bilhões. Também colaboraram o lançamento de novos produtos para os clientes --entre eles cartões de crédito com taxas reduzidas ou até eliminadas-- e o aumento do rigor na política de gastos.
Entre as operações de crédito, a de Pessoa Física foi a que mais subiu, com elevação de 29%, para R$ 15,9 bilhões. Já as receitas com prestação de serviços, seguros e capitalização avançaram 26%, e o financiamento imobiliário e rural cresceu também 26%.
Devido ao aumento do volume de crédito, o banco elevou em 37% sua provisão para créditos duvidosos, que agora está em R$ 2,08 bilhões. Porém, ela agora representa 4,1% do total da carteira de crédito, contra 4,3% em 2006.
Os ativos totais consolidados do Santander cresceram 14,2% em relação a 2006, atingindo R$122,355 bilhões. O tamanho dos ativos é o critério utilizado pelo Banco Central para determinar o ranking dos bancos am atividade no país. Na última edição desse ranking, em setembro do ano passado, o Santander aparecia na sétima posição. O ranking ainda não contabiliza para o Santander os ativos do ABN Amro Real, comprado pelo banco espanhol no ano passado.
América Latina
As filiais ibero-americanas do Santander --onde se incluem as operações brasileiras-- registraram lucro de US$ 3,648 bilhões em 2007, com aumento de 16,6% em relação ao ano anterior.
Os ganhos gerados na América Latina representaram 29,42% do lucro líquido total do grupo, que foi de US$ 12,4 bilhões.
Por países, o Brasil foi o que mais ajudou. O México veio em segundo lugar com lucro líquido de 654 milhões de euros, 23,8% a mais que em 2006, e Chile, onde o Santander ganhou 543 milhões, um incremento de 11%.
A filial da Argentina gerou um lucro líquido de 188 milhões de euros, valor 27,1% superior ao de 2006, enquanto a Venezuela aumentou seu lucro em 22,6%, para 179 milhões de euro.
Em Porto Rico, o grupo lucrou 1 milhão de euro, registrando uma queda de 97,4% em relação ao ano anterior, seguido da Colômbia, que obteve ganhos 36,8% menores, somando 15 milhões de euros de lucro líquido. |