Representantes dos empregados vão avaliar a proposta, mas a discussão do tema prosseguirá na mesa específica da campanha salarial de 2008.
Em continuidade ao debate para definição dos critérios de avaliação de desempenho para a promoção por merecimento no âmbito do novo Plano de Cargos e Salários (PCS), conforme acerto firmado na rodada de negociação da última sexta-feira, os membros da comissão paritária estiveram reunidos segunda-feira desta semana, dia 6 de outubro.
Alguns avanços foram alcançados nessa reunião, apesar das diferenças entre os representantes dos trabalhadores e os da empresa não terem sido encerradas. No encontro, por exemplo, a Caixa reconheceu que algumas das demandas colocadas pelos seus representantes na comissão paritária estavam em desacordo com o que havia sido negociado e aceitou várias das propostas feitas pelos trabalhadores, entre as quais a que diz respeito aos critérios subjetivos da avaliação.
Os representantes dos empregados apresentaram a proposta de que a avaliação passe a ser feita com base em quatro critérios: dois fixos e dois definidos pelos empregados em cada dependência. A proposta prevê que os critérios fixos sejam o “atendimento aos clientes” e o “trabalho em equipe”. Os outros dois restantes seriam escolhidos nas unidades entre sete opções: “relacionamento interpessoal”, “disposição para mudanças”, “foco no interesse público”, “negociação”, “visão sistêmica”, “solução de problemas” e “conhecimento do trabalho”.
Mas não houve acordo em relação aos critérios objetivos da avaliação. Os itens propostos pelos trabalhadores foram “freqüência” (ressalvados os casos de licença-maternidade e paternidade, aleitamento, adoção, LAT, LTS, Apip, LP, licença para campanha eleitoral, compensação de horas extras, férias, greve, licença para estudos especializados e outras situações consideradas faltas justificadas), “formação” (com pontuação diferente para cada nível escolar e cursos realizados na Universidade Caixa) e “ação voluntária” (participação comprovada em ações de voluntariado, promovendo a valorização humana, voltada à inclusão social).
A Caixa, no entanto, aceitou apenas o critério relacionado à “freqüência” e propôs que esse fosse o único critério objetivo na avaliação, o que foi rejeitado pelos representantes dos empregados. A respeito desse assunto, o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor de Administração e Finanças da Fenae, Jair Pedro Ferreira, afirmou que o ideal é que essa avaliação se baseie em quatro critérios subjetivos e quatro critérios objetivos. Ele disse ainda que, mesmo com a avaliação cruzada, conquistada nas negociações do novo PCS, há chance de distorções na avaliação dos critérios subjetivos que possam prejudicar os empregados. Nesse caso, segundo ele, “os critérios objetivos ajudam a balancear essa situação”.
Os representantes dos empregados ficaram de avaliar a proposta, sendo que a discussão sobre os critérios para promoção por merecimento no âmbito do novo PCS prosseguirá na mesa de negociação específica da campanha salarial de 2008. |