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| 12/09/2009 |
Banco do Brasil frustra trabalhadores e não negocia PCCS. Nova rodada dia 18 |
O Comando Nacional dos Bancários esteve reunido nesta sexta-feira, 11, com os representantes do Banco do Brasil para mais uma rodada das negociações específicas, em Brasília. Estavam na mesa de negociação as cláusulas sociais e sindicais do acordo específico dos funcionários do BB.
A cláusula de maior destaque em debate acabou sendo fonte de frustração para os trabalhadores: o Banco do Brasil alegou não ter autorização do Dest (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais) para discutir a criação de um novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). O banco informou ainda que admite discutir outros pontos, como a carreira de mérito.
“Esse é um ponto fundamental para os funcionários do BB hoje e o banco não pode, simplesmente dizer ‘não’ e deixar isso de lado. Outras instituições já fizeram esse debate e conseguiram modificar seus planos de carreira, inclusive a Caixa e o BNB. Os funcionários do BB não admitirão que essa resposta do banco seja final e irão para as ruas pressionar o banco e o governo para modificar essa posição. Só assim conseguiremos arrancar do banco essa e outras conquistas que queremos”, afirma Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.
Comunicação
Os trabalhadores começaram a negociação protestando junto ao banco com relação às informações desencontradas apresentadas pelo banco a respeito da mudança da lateralidade nas agências com até sete funcionários, anunciada pela empresa na última negociação, ocorrida no dia 1 de setembro (veja mais aqui). Na ocasião, o banco informou aos representantes dos trabalhadores que qualquer bancário poderia ser nomeado substituo dos funcionários ausentes, inclusive os lotados na mesma agência. Mais tarde, a empresa divulgou comunicado interno retificando a informação e dizendo que os bancários da mesma agência não poderiam ser substitutos.
Diante do protesto dos bancários, a empresa alegou falha na comunicação entre as partes, dizendo que a proposta do banco realmente impede que funcionários da mesma agência sejam nomeados. Para o movimento sindical, tanto o erro da empresa quanto a proposta não se justificam. "Em nosso entender, qualquer trabalhador tem capacidade e deveria receber pela substituição, mesmo os lotados no mesmo local de trabalho", afirma Marcel Barros.
Equidade
Na continuidade da negociação, o banco concordou em renovar com o mesmo texto algumas cláusulas do aditivo atual, como: adiantamento do 13º salário; ausências remuneradas e permitidas; indenização por morte; movimentação de pessoal; anualização da licença-prêmio; escala de férias, entre outras.
O banco afirmou também ter permissão para apresentar propostas que contemplem a questão da equidade de gênero. Além disso, reforçou que pretende apresentar proposta para a criação de comitês de ética para combater o assedio moral na empresa.
Outro ponto apresentado pelos trabalhadores foi a situação da licença-adoção para casais homoafetivos. O banco informou que tem disposição em avançar nessa cláusula.
Também com relação a trabalhadores que foram vítimas de assalto ou sequestro, o banco concorda em garantir adiantamentos para as pessoas que tenham que ficar fora de sua residência ou cidade por conta dos efeitos da ocorrência.
Fonte: Contraf-CUT
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| Última atualização: 12/09/2009 às 10:52:00 |
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