A Caixa apelou. Desrespeitando decisão de milhares de bancários, direção busca TST para resolver campanha que não foi capaz de solucionar na negociação. O Comando Nacional dos Bancários repudia a atitude da direção do banco federal por não buscar resolver o conflito na mesa de negociação. O Comando está totalmente disposto a negociar e espera que a Caixa volte atrás, respeite os milhares de trabalhadores que têm participado das assembléias diariamente e que recorreram à greve como último recurso diante do impasse imposto pelo banco.
Há falta de proposta para questões como novas contratações, perenidade do modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e isonomia de direitos entre novos e antigos. A presidente da Caixa Federal, Maria Fernanda, foi intransigente, porque sabe que há falta de trabalhadores, que seus empregados estão no limite da exaustão agravada pelos feirões realizados nos finais de semana e da ampliação dos programas sociais.
Para o presidente da Contraf-CUT, a direção da Caixa se desesperou ao perceber que a proposta apresentada foi insuficiente e desagradou a esmagadora maioria dos bancários que decidiu, em assembléias democráticas e soberanas, permanecer em greve para tentar melhorar o que foi apresentado pelo banco. Não é a primeira vez que a Caixa apela ao Poder Judiciário para tentar resolver uma campanha salarial. Na contramão da relação entre o movimento sindical bancário e os bancos, que têm por tradição definir as campanhas salariais pela via negocial, a Caixa sofre de um problema de condução que tem inviabilizado as decisões de forma mais tranqüila, como os trabalhadores gostariam que fosse.
A Caixa preferiu a truculência a valorizar seus empregados e reconhecer o esforço desses trabalhadores que exercem uma função social fundamental. |