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23/12/2011 |
Bancários de todo o País realizam Ato Nacional contra demissões do HSBC |
Bancários do HSBC de todo o País realizaram na quarta-feira, dia 21/12, em Curitiba, onde fica a sede brasileira do HSBC, para protestar contra as demissões e a falta de efetividade nas negociações específicas com o banco. Os dirigentes sindicais se concentraram no Centro Administrativo do HSBC na Vila Hauer, que teve a abertura dos portões retardada.
Apesar do maior número de desligamentos se concentrarem na capital paranaense - em 2011 totalizam 650 demissões -, o HSBC adota como prática em todo o Brasil descartar seus funcionários com frequência. "Está cada vez mais evidente a insatisfação dos trabalhadores com as péssimas condições de trabalho impostas pelo banco", destaca Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC e diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba.
Papai Noel
O ato também contou com a presença ilustre do Papai Noel, que chegou ao local utilizando máscara de gás. O bom velhinho ficou preocupado com as notícias que saíram na imprensa sobre a intoxicação dos bancários no Centro Administrativo. O velhinho trouxe consigo dois sacos de presentes: no primeiro, estavam as "maldades" praticadas pelo HSBC, como demissões, assédio moral, desrespeito com os trabalhadores, remuneração injusta e desvalorização, entre outros.
No outro saco estavam os verdadeiros presentes que o banco poderia dar aos seus funcionários: pacotes simbolizando respeito, dignidade, remuneração justa, plano de previdência complementar e, principalmente, efetividade nas negociações. "Vamos aproveitar este momento para refletir sobre a solidariedade de classe. Somente unidos e mobilizados os bancários terão mais chances de alcançar as conquistas merecidas", conclamou o Papai Noel.
Emprego, saúde, respeito e valorização
Dirigentes sindicais de todo o Brasil se manifestaram convocando os bancários para a luta coletiva. O diretor do Sindicato de Curitiba e representante eleito na SA 8000, Claudi Naizer, cobrou da direção do HSBC um pronunciamento oficial sobre as causas da intoxicação ocorrida em novembro e uma posição do banco com relação à abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos funcionários atingidos.
O diretor da Contraf-CUT, Sérgio Ricardo Siqueira, destacou as ações da nacionais e da rede sindical do HSBC na América Latina, que se reuniu entre os dias 5 e 7 de dezembro, em Santiago, no Chile, unificando e fortalecendo a luta dos trabalhadores. O coordenador da COE do HSBC reforçou a jornada continental de lutas e que os sindicatos exijam que a direção do banco cesse as demissões, respeite e valorize os trabalhadores do Brasil.
Avaliação
Para o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, esse foi um ponta pé inicial na mobilização dos funcionários do banco no Brasil e na América Latina, uma vez que também estão ocorrendo atividades nos demais países da região.
"O propósito é entregar a pauta de reivindicações específicas ao banco logo no início de janeiro, além de estabelecer um calendário efetivo de tratativas. O segundo passo, também urgente, é a solicitação, por intermédio da UNI Américas Finanças, de uma reunião para tratar da situação do HSBC no continente, uma vez que em diversos países da região o banco está vendendo suas carteiras", destaca.
"A manutenção dos empregos será a grande prioridade para o próximo período, mas o banco terá que apresentar também soluções para questões como o programa próprio de remuneração (PPR/PSV) e relacionadas à saúde dos bancários", avalia Miguel. |
Última atualização: 23/12/2011 às 08:36:00 |
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