O Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, promovido pela Contraf-CUT, foi encerrado no dia 4/4, em Embu das Artes, interior de São Paulo, com a aprovação de uma pauta específica de reivindicações que será entregue dentro de 15 dias para a direção do Itaú. O evento, iniciado no dia 2/4, reuniu 160 dirigentes de federações e sindicatos de todo o País.
"Vamos lançar uma campanha nacional pelo fim das demissões e da rotatividade, pela defesa do emprego e pela valorização dos funcionários", destaca o funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. "Também vamos lutar por previdência complementar para todos os funcionários", completa.
Com o objetivo de monitorar as demissões, a Contraf-CUT irá disponibilizar uma planilha eletrônica aos sindicatos para registar as homologações em cada entidade, a fim de viabilizar um monitoramento nacional. "Toda vez que houver um determinado número mensal de demissões, vamos paralisar o banco", avisa Cordeiro.
Também foi aprovada a realização de um seminário nacional sobre remuneração, com o objetivo de elaborar uma proposta de plano de cargos e salários para ser negociada com o Itaú.
"Vamos intensificar a mobilização dos trabalhadores, aumentando a pressão sobre o Itaú, para que possamos garantir conquistas nas negociações específicas com o banco", ressalta o dirigente da Contraf-CUT.
Ousadia, esperança, unidade nacional e mobilização
"Precisamos ter ousadia, esperança, unidade nacional e mobilização, pois o banco tem clara sua estratégia de diminuir seus custos sacrificando o emprego. Nós temos que ir além do possível quando se trata da proteção do emprego digno, de qualidade, em que as pessoas não adoeçam, não morram, enfim por emprego decente", enfatiza o presidente da Contraf-CUT.
"Temos que interferir e contribuir na transformação da estrutura social, política e econômica deste país. Temos que assumir o desafio de transformar o crescimento econômico em desenvolvimento econômico com distribuição de renda, com o objetivo de termos justiça social. Para isso, temos que lutar contra as demissões e a rotatividade, a fim de conquistar mais e melhores empregos", conclui Cordeiro.
Moção de repúdio
Ao final do Encontro Nacional, os participantes aprovaram ainda uma moção de repúdio ao deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), exigindo a saída imediata do parlamentar da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
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