O Sindicato dos Bancários do Ceará promoveu nesta quinta-feira, dia 2/10, nova mobilização, agora de convencimento, no Centro Administrativo do Banco do Nordeste, Passaré. Mesmo no terceiro dia de greve, funcionários de vários ambientes continuam trabalhando, enquanto nas agências a adesão do funcionalismo é crescente. As agências de Fortaleza estão 100% paralisadas.
Os diretores do Sindicato, Tomaz de Aquino e Clécio Morse dialogaram com os funcionários a fim de mostrar que eles podem participar da greve, que é um movimento constitucional e sua colaboração na greve é importante para o êxito da campanha salarial. “Temos que mostrar à direção do BNB que estamos unidos, que somos uma categoria forte e sabemos lutar para alcançar nossos objetivos”, disseram.
Segundo Tomaz de Aquino, que é coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, “ nosso movimento só será mais forte se tiver adesão de todos os funcionários, podendo se prolongar ou não, dependendo dessa adesão. Estamos aqui para chamá-los à greve, pois não existe nenhuma razão que os impeçam. Se soubermos que a Direção do banco está tomando alguma atitude para dificultar a adesão à greve, o Sindicato vai tomar providências, inclusive, legais. Está na mão de vocês fortalecer a greve e conquistar resultados positivos”.
“Faz 12 anos que estamos em movimento de greve e ano após ano acumulamos algumas experiências, sindicalistas e bancários. As relações amadureceram. Nós não viemos apontar o dedo, viemos aqui dialogar, fazer uma discussão de consciência. Nada cai do céu. O ato de consciência de entrar na greve precisa ser tomado por cada um dos trabalhadores. Vamos engrossar as fileiras da greve para que possamos arrancar proposta concreta do governo, que atenda os anseios dos trabalhadores do BNB”, ressaltou Clécio Morse.
Na ocasião, o Sindicato apresentou a peça teatral encenada pela Trupe Tramas de Teatro, “Jegue tupiniquim massacra touro europeu em duelo na caatinga”, que faz alegoria ao confronto entre os trabalhadores e os patrões. É uma metáfora dos que resistem contra aqueles que só querem explorar, num texto escrito em formato de cordel por Tomaz de Aquino.
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