Apesar do lucro líquido de R$ 15, 359 bilhões em 2014, o maior de sua história, o Bradesco continua demitindo e precarizando cada vez mais as condições de trabalho dos bancários e de atendimento aos clientes. Realmente “banqueiro não tem coração, tem cofre”. Prova disso é a agência do Bradesco na Parangaba onde o caos está instalado. No último dia 4/2, o Sindicato dos Bancários do Ceará fez um ato para protestar contra essa situação de descaso do Bradesco.
Na agência faltam bancários em número suficiente para atender a grande demanda, há extrapolação da jornada de trabalho e continua intensa a cobrança por metas. A bateria de caixas é insuficiente, a clientela reclama e até destrata os bancários. Uma multidão se aglomera na agência, principalmente nos dias de pagamento dos 9 mil aposentados e pensionistas do INSS, além dos clientes e usuários. O caos é visível, bem como o nível de estresse a que estão submetidos os bancários.
Mobilizado em defesa da categoria, o Sindicato já iniciou as tratativas junto à Superintendência do Bradesco no Estado para solucionar o problema, além de denunciar o caso aos órgãos de defesa do consumidor - Procon e Ministério Público do Trabalho, para fiscalizar as más condições de trabalho e atendimento aos clientes.
“Estamos cobrando dignidade aos clientes, usuários e trabalhadores. Essa agência funciona de forma precária. Nós vamos pressionar a direção do Bradesco sobre as condições de trabalho e vamos exigir mais contratações. Se não tiver resposta, vamos fechar a agencia até que o Bradesco cumpra com seu dever”, enfatizou Gabriel Motta, diretor do Sindicato.
Para o diretor Robério Ximenes “virou moda reclamar de tudo, mas não vemos a população fazer passeata reclamando do lucro dos bancos, nem reclamar que estão pagando altas taxas de juros. O Bradesco lucrou 15 bilhões num só ano e quem está pagando essa conta? Quem está dando tanto lucro para esse banco? Na hora de atender bem a clientela, não faz. Banqueiro só quer lucro e até reduz funcionários para aumentar sua lucratividade. Exigimos mais contratações e respeito à jornada do bancários”.
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