A Justiça suíça abriu uma investigação por lavagem de dinheiro contra o banco HSBC e policiais fazem uma operação de busca e apreensão na sede da instituição em Genebra na manhã desta quarta-feira, 18.
O processo foi aberto depois que uma rede de jornais revelou que o HSBC havia ajudado 100 mil clientes de todo o mundo a abrir contas na Suíça e fugir do controle de seus países. Mais de 8,7 mil contas tem uma relação com clientes brasileiros, entre eles ex-funcionários da Petrobrás.
Na manhã desta quarta-feira, a polícia de Genebra indicou que fez uma operação de busca e apreensão no banco para coletar dados, computador e documentos. A acusação é de "lavagem de dinheiro agravado".
O processo foi liderado pelos procuradores Olivier Jornot e Yves Bertossa, filho de um ex-procurador que, em 2001, abriu os casos de investigação relacionados com as contas de Paulo Maluf.
A Justiça de Genebra indicou que deve chamar funcionários e banqueiros do HSBC a prestar depoimento nos próximos dias. Alguns deles são suspeitos de terem ajudado clientes a cometer "atos de lavagem" ou de ter participado desses crimes.
O escândalo que ficou conhecido como Swissleaks expôs não apenas o HSBC, mas todo o sistema financeiro suíço que, por décadas, ajudou clientes de todo o mundo a trazer suas fortunas para Genebra e Zurique.
Com as revelações, as autoridades suíças passaram a ser questionada sobre seu silêncio diante das acusações. O banco HSBC, por exemplo, insiste que essas acusações "fazem parte do passado" e que a instituição passou por uma transformação desde 2007.
Entre os clientes destacados pelas revelações estão criminosos, traficantes de drogas e armas, ditadores, nobrezas, cantores e esportistas.
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