A negociação das reivindicações específicas dos funcionários do Banco do Nordeste do Brasil, realizada em dois dias, foi encerrada nesta sexta-feira (11), quando a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, e os representantes da Fetrafi/NE e Sindicatos do Nordeste debateram as cláusulas de saúde e previdência. A reunião realizada na sede do banco, em Fortaleza, tratou especificamente da Camed e Capef, seus custeios e sustentabilidade.
Previdência - Na mesa de hoje, os representantes dos trabalhadores reivindicaram aporte de recursos por parte do Banco para os Planos BD e CVI da Capef, e fizeram relatos de situações que mostram o desequilíbrio do plano de previdência dos funcionários. Os bancários pedem o equilíbrio atuarial dos planos e, com o aporte de recursos por parte do BNB, esperam, principalmente, redução das contribuições dos participantes.
Sobre a cláusula de democratização da Capef, as entidades lembraram que hoje o plano de previdência tem dois patrocinados: os bancários e o banco. E, assim, reivindicam paridade na gestão, ou seja, que um representante dos trabalhadores tenha assento no Conselho da Capef, a exemplo dos planos de previdência de outros bancos públicos.
Saúde - Na cláusula de saúde, a principal reivindicação dos trabalhadores é o fortalecimento da Camed, com a contribuição do patrocinador duas vezes maior que a do funcionário. Outra proposta é de melhoria na gestão da caixa de assistência. Ou seja, a salvação, segundos os assistidos, é melhorar o custeio da Camed, via maior contribuição do Banco. Com o aumento da participação do Banco, diminuiria a participação dos assistidos. Também foi cobrada paridade na gestão da Camed, com participação dos trabalhadores nas decisões.
Programa de Assistência Social - Ainda na cláusula de saúde, foi reivindicada a criação do Programa de Assistência Social (PAS), para aquisição de serviços não cobertos pela caixa de assistência, como compra de óculos, prótese, tratamento odontológicos etc. Será feito um adiantamento para o funcionário, que devolveria ao banco num prazo elastecido e sem juros. No combate ao assédio moral, os trabalhadores reivindicam a adesão do BNB ao Protocolo de Prevenção de Conflitos. A adesão deve ser formalizada por um acordo aditivo.
Será na próxima quinta-feira (17), a segunda rodada de negociação específica com o BNB, sobre os temas Igualdade de Oportunidades e Remuneração, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo
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