Precariedade nas condições de trabalho, metas abusivas, desrespeito à legislação e à autonomia sindical implantadas nas chamadas “agências digitais” serão alguns dos pontos a serem tratados durante negociação entre a representação dos funcionários e a direção do Itaú nesta quarta-feria, 6/4, em São Paulo. O tema é alvo de diversas queixas e denúncias dos trabalhadores.
Dentre os problemas já denunciados pelo movimento sindical ao banco estão: ambiente insalubre a que os empregados são submetidos, a imposição de jornada de oito horas com uso de heatset (ferindo a NR-17, que prevê jornada máxima de seis horas nesses casos), assédio moral e cobrança de metas abusivas. Também há o desrespeito à livre organização dos trabalhadores a partir do momento que os dirigentes sindicais são impedidos de entrarem nos prédios onde estão as agências digitais.
Além disso, as agências digitais não passam de telemarketing disfarçado, onde o empregado não tem sequer respeitado o direito às três pausas para repouso (uma de 20 minutos e duas de dez minutos).
“O Sindicato está atento a essas mudanças, que não podem resultar em desrespeito aos direitos conquistados pela categoria através de muita luta. Não vamos permitir que Itaú, em nome de uma pretensa modernização, ataque a nossa Convenção Coletiva e descumpra direitos históricos dos trabalhadores. A tecnologia deve servir para melhorar a vida das pessoas, não para promover retrocessos na sociedade, com exploração e péssimas condições de trabalho”, avalia Ribamar Pacheco, representante da Fetrafi-NE na COE Itaú.
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