O Banco do Brasil vai promover uma nova reestruturação que poderá trazer prejuízos aos seus funcionários. Trata-se da migração de parte da Gerência de Comércio de Exterior (Gecex) para a Unidade Operacional (UOP) e a criação de novo escritório comercial que ficará vinculado à Unidade de Comércio Exterior (UCE).
O banco alega que se trata de um processo de melhoria de gestão e busca de eficiência, no qual a UCE ficaria com os processos mais voltados para o negócio e a UOP com a parte do apoio operacional e gerencial (backoffice).
“O problema é que esse novo escritório que absorverá parte dos serviços que atualmente são feitos pelas Gecex de Belo Horizonte e Curitiba, será em São Paulo, onde deverá ficar concentrada a maior parte das vagas”, explicou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-CUT/MG) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Luciana Bagno.
“O banco alega que se trata de um processo de melhoria de gestão. Na prática, é mais uma reestruturação que levará ao descomissionamento de funcionários das praças onde serão encerradas as atividades. Funcionários serão prejudicados e estaremos prontos a defendê-los”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
Perdas de função
Informações preliminares apontam que serão criadas funções em São Paulo e fechadas mais em Belo Horizonte e Curitiba, gerando excesso de contingente para estas funções nestas duas últimas capitais. Estas informações dão conta de que poderá haver redução de cerca de dez postos em BH e sete em Curitiba.
“Já solicitamos ao banco que nos passe as informações oficiais. Também pedimos que as movimentações que ocorrerem sejam realizadas de forma a não causar prejuízos aos trabalhadores”, disse Luciana, ao informar que o banco alegou que as movimentações ainda estão sendo estudadas de maneira a causar o menor prejuízo possível, mas já informando que podem ocorrer perdas de função e descomissionamentos. As áreas do banco responsáveis pela reestruturação prometeram estar com todas as informações já na semana que vem.
“Vamos fazer o acompanhamento de perto desta reestruturação e, assim que o banco concluir os estudos, vamos nos reunir para debater entre nós e com o banco sobre formas de evitar prejuízo aos funcionários”, disse Fukunaga.
A CEBB já cobrou que as pessoas que perderem a função sejam realocadas na mesma praça e com o mesmo cargo, ou cargos de mesmo nível de remuneração, para evitar perdas de rendimentos.
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