As 56 obras que compõem a mostra "Coleção Itaú Cultural de Fotografia Brasileira" - que será aberta amanhã, às 19h, apenas para convidados, no Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) - formam um imenso texto visual. Com uma proposta ousada, o curador, Eder Chiodetto diz que a intenção da mostra é mesmo de misturar obras produzidas em duas épocas distintas da história da fotografia brasileira. São trabalhos que remontam do fim dos anos 1940 ao começo da década de 1960 e outras produzidas no tempo presentes.
"A exposição propõe juntar a produção artística dos períodos moderno e contemporâneo", admite o curador, mas avisa que isso não acontece por acaso.
Há uma lógica nessa junção, que está além do aspecto apenas cronológico, passando pelo estético e pela própria discussão da imagem contemporânea, como salienta Bitú Cassundé, curador do Museu de Arte Contemporânea do CDMAC. Assim, o objetivo é perceber até que ponto a produção contemporânea herdou o que Chiodetto chama de "todo um alfabeto de composição, estudo de geometria, luz e sombra". As imagens fazem parte do acervo do Banco Itaú e tem como foco "a representação fotográfica experimental". E a constatação pode ser feita ao visitar a exposição, aberta ao público a partir de quarta, 26, até 11 de maio. Ou seja, que as novas gerações retomam o legado deixado pela geração de fotógrafos que abriu o caminho rumo a uma produção experimental e marcada pela subjetividade.
Mais informações:
Apresentação para convidados da mostra "Coleção Itaú Cultural de Fotografia Brasileira", amanhã, às 19h, no MAC (Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Aberta ao público, a partir de 26, pode ser visitada até 11 de maio, das 9h às 19h, de terça-feira a sexta-feira; nos sábados e domingos, das 14 às 21h. Contato: (85) 3488.8600
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