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Notícias

10/04/2014 

Exposição: As mulheres de Di Cavalcanti

 Lírica, exuberante, sensual e brasileira. A mulher ocupa lugar de destaque na obra do carioca Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Mello, o Di Cavalcanti (1897 - 1976). Artista fundamental para o modernismo brasileiro - apontado como o próprio autor da ideia de se realizar uma Semana de Arte Moderna (1922)- Di Cavalcanti foi também um dos mais competentes em traduzir para as telas a busca por uma identidade, uma sensibilidade brasileira, que falasse das raízes étnicas e antropológicas da nação.

Os ideais antropofágicos de Oswald de Andrade, que marcaram, em especial, a primeira geração de modernistas brasileiros, foram digeridos e personificados por Di Cavalcanti pelo tipo mestiço. O artista foi um dos primeiros, por exemplo, a colocar a mulata como símbolo desta brasilidade. A obra do artista faz parte da mostra "Trajetórias - Arte brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz", em cartaz no Espaço Cultural Unifor, que reúne mais de 250 telas de artistas brasileiros das diversas correntes do século XX.

Dividida em 18 eixos temáticos, a panorâmica dedica um deles ao modernismo, onde sobressalta-se a presença feminina retratada por Di Cavalcanti.

Mulatas

Nas palavras do baiano Jorge Amado - em depoimento retirado do livro "Di Cavalcanti - 100 anos" (Petrobras, 1997) - "Di Cavalcanti foi buscar (a mulata) quase recém-saída da senzala para fazê-la a grande dama brasileira".

Suas mulatas simbolizavam todo o potencial e originalidade cultural brasileira. Nem ameríndias, nem africanas, era mestiças. Um ano após o marco da Semana de Arte Moderna, Di Cavalcanti já incorporava em suas telas figuras de mulheres mestiças. Era o próprio artista quem definia a mulata como "o símbolo do Brasil. Ela não é preta, nem branca. Nem rica nem pobre. Gosta de dança, gosta de música, gosta de futebol, como o nosso povo".

O pintor teve a produção marcada pela busca de caminhos para a arte nacional. Em meio a um nacionalismo intelectual, de maneira mais geral, na crença e busca por uma identidade nacional, as mulheres do pintor surgiam ocupando um lugar de destaque. Eram urbanas, produzidas, maquiladas, utilizavam os adereços e cortes de cabelos em voga na época e simbolizavam, ao passo que colocavam-se distantes de qualquer ilusão romântica.

Recursos

Nascido no Rio de Janeiro do final do século XIX, Di Cavalcanti presenciou todas as transformações sociais, econômicas - que incluia a crescente presença feminina nas fábricas - e políticas, engajado com ideais socialistas da época.

A cor, a luz, as frutas, as paisagens tropicais estão entre os elementos e composições que materializam o ideal de brasilidade, vinham inseridas em uma discussão social, de contrastes, ressignificação do lugar da mulher na sociedade, e do fascínio e sensualidade que inspiravam.

O nu é outro traço recorrente destas mulheres, sem apelo erótico, mas repleto de significados. Suas mulheres protagonizavam cenas de intensa sensualidade, em que Di Cavalcanti explorava contrastes, os tons avermelhados e emotivos, combinados aos volumes e planos de seu traço. Estavam longe de representar uma mulher romantizada, frágil e submissa. Expondo uma inocência sem inocência.

A mostra "Trajetórias" tem visitação gratuita, de segunda a sexta-feira, entre 8 horas e 20 h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h.

O acervo, da Coleção Edson Queiroz, tem curadoria de Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos, coloca em evidência em seus eixos temáticos desde elementos visuais como a abstração, geometria líquida, passando por correntes de criação como o modernismo e o neoconcretismo, além de temas recorrentes, como crianças, paisagens naturais e os registros de um Brasil urbano.

Mais informações:

"Trajetórias - Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz".
No Espaço Cultural Unifor (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz). Visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; sábados e domingos, das 10h às 18h.
Estacionamento grátis.
Contato: (85) 3477.3319

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 10/04/2014 às 13:36:10
 
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