Um filme inspirado na canção da Legião Urbana “Eduardo e Mônica” deve ser lançado no final de 2016. A produtora Gávea Filmes, que acaba de comprar os direitos para a produção, confirmou o projeto, previsto para chegar aos cinemas após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O longa será dirigido por René Sampaio e produzindo pela Gávea Filmes, repetindo a equipe responsável por outra adaptação do músico para os cinemas, “Faroeste Caboclo”, lançado no ano passado. Segundo a produtora Bianca de Felippes, porém, ainda não há roteiristas e atores definidos.
“Queremos fazer uma produção mais ou menos como a de ‘Faroeste...’, que custou R$ 10 milhões. Mas (o projeto) ainda não foi nem aprovado pela Ancine”, disse a produtora. De Felippes conta que a ideia de produzir um filme baseado na canção de 1986 é antiga – a atriz e roteirista Denise Bandeira tinha planos de produzi-lo ao lado do próprio Renato Russo, mas o projeto acabou não saindo do papel na época.
De acordo com a produtora, o plano foi retomado agora graças a boa repercussão de “Faroeste Cabloco”, inclusive no exterior. O filme, estrelando Fabrício Boliveira, Isis Valverde e Felipe Abib, foi comprado por duas distribuidoras internacionais, que devem lançá-lo nos Estados Unidos e no Canadá.
Polêmica
Os direitos autorais da obra deixada pela banda Legião Urbanda são atualmente centro de uma polêmica envolvendo o filho do cantor, Giuliano Manfredini e os ex-integrantes da banda, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. Manfredini controla a empresa Legião Urbana Produções Artísticas, detentora da marca Legião Urbana. Quando foi registrado, no fim dos anos 1990, o nome da banda ficou apenas para Renato Russo e os outros integrantes não se envolveram com essa formalidade. Hoje eles brigam na Justiça para serem incluídos na administração da marca. Entre as questões que acirraram a disputa, está a recente mudança do site oficial do grupo, levada à cabo pela empresa de Manfredini sem consultar Dado ou Bonfá. Para De Felippes, o projeto de adaptar “Eduardo e Mônica” não tem nada a ver com qualquer polêmica.
“A música é exclusivamente do Renato e vamos fazer como fizemos com ‘Faroeste’. Não tem polêmica, a obra do Renato é muito maior que qualquer tipo de polêmica”. Segundo a produtora, Manfredini, que ainda era criança quando os primeiros planos de transformar a canção em filme surgiram, esteve próximo da produção de “Faroeste” e está empolgado com o novo projeto.
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