Para aqueles que sempre sonharam em assistir a um espetáculo da grande companhia canadense, o famoso circo agora será o cenário para uma grande história de amor em "Cirque du Soleil - outros mundos". O longa, roteirizado e dirigido por Andrew Adamson - responsável pelos dois primeiros filmes da franquia "As crônicas de Nárnia" - e produzido por James Cameron ("Avatar"), usa a tecnologia 3D para deixar os espectadores bem perto da experiência ao vivo e levá-los a lugares que jamais veriam se estivessem apenas no show.
"Cirque du Solei" convida para um grande espetáculo com direito a romance e muitas acrobacias
Adamson garantiu que o filme não se tornasse apenas um mero documentário sobre o circo, dando a ele uma boa e convincente história.
Trata-se de um romance no qual um jovem casal apaixonado, formado pelo Trapezista (Igor Zaripov) e a ex-artista circense Mia (Erica Kathleen Linz) acaba se separando, mas atravessa vários e extraordinários mundos em uma jornada mágica para, enfim, se reencontrar.
Mia se apaixona pelo Trapezista durante uma apresentação de um circo em uma pequena cidade. Quando seus olhos se cruzam, ele cai em uma outra dimensão. Ela também segue para um lugar totalmente diferente.
Nos sete mundos, cada qual representado pelos sete maiores espetáculos produzidos pelo "Cirque du Soleil" em cartaz em Las Vegas, o "O", "KÀ", "Mystère", "Zumanity", "Love", "Believe" e "Viva Elvis", o casal é levado a viver grandes experiências, como se fossem transportados a várias festas na mesma noite.
Possibilidade do 3D
A história é simples, afinal a ideia é, na verdade, apostar no visual. Nisso, o "Cirque du Soleil - outros mundos" não deixa nada a desejar e a tecnologia 3D é uma das grandes responsáveis por isso. Trata-se de uma experiência visual fantástica que dificilmente encontramos nas salas de cinema do País. No meio disso tudo, tem muita acrobacia, malabares, danças, músicas e outras atrações que um bom circo tem direito.
"É uma mistura de ficção e realidade, casamento de uma narrativa inventada com cenas dos principais espetáculos da companhia. Ele nos leva para lugares maravilhosos, que nunca vimos antes", comenta o diretor do longa.
Para Adamson, os produtores de cinema têm de estar atentos às mudanças do mercado mundial. "A indústria tem de parar com esse patriotismo exacerbado, pensando sempre a partir de uma perspectiva norte-americana. Se você quer fazer filmes para os Estados Unidos, tudo bem. Mas se você quer fazer filmes para o mundo, tem de pensar globalmente", diz.
Cameron já vinha falando com os produtores do circo há alguns anos para colocar os espetáculos em 3D. Finalmente, o sonho se concretizou após ser moldado pelas mãos de Adamson. "Aqui o circo é como um sonho, um enigma potencializado pela terceira dimensão. É como se você estivesse ali no palco, bem no meio da cena", explica o produtor.
Oscar: Pequena guerreira
Mais um bom filme indicado ao Oscar 2013, "Indomável Sonhadora", de Benh Zeitlin, traz a história de superação e coragem da encantadora Hushpuppy, garotinha de seis anos interpretada pela novata Quvenzhané Wallis, que convenceu tanto no papel que é uma das indicadas à estatueta de melhor atriz.
Na história, a menina vive em uma comunidade nos bayous (área pantanosa) do estado sulista da Louisiana. Cuida sozinha do pai doente, vivido por Dwight Henry e tem esperanças de um dia encontrar a mãe, com quem mantém diálogos imaginários.
Além da trilha sonora, igualmente bem colocada, o filme chama a atenção pelo ótimo desempenho de Wallis. Em seu primeiro trabalho, a garota age com a inocência e a pureza inerentes a uma criança, ao mesmo tempo em que precisa ser bastante madura para enfrentar um ambiente de extrema pobreza e hostilidade.
As atuações são conduzidas com naturalidade, enquanto cenários fantásticos, que incluem a aparição de javalis e grandes tempestades, mostram todas as aventuras que a pequena terá de enfrentar para conseguir voltar para casa, já que seu povoado é quase destruído por catástrofes naturais.
"Indomável Sonhadora" é uma bela história de esperança, cheia de metáforas e fotografia impecável. Zeitlin opta pelo (bom) uso de supercloses, deixam o espectador ainda mais próximo dos personagens.
Saga: O herói está de volta
Para comemorar os 25 anos da franquia "Duro de Matar" (Hard Die), nada melhor do que um novo longa com o policial mais durão do cinema, interpretado pelo agora cinquentão Bruce Willis.
Em "Duro de Matar: Um bom dia para morrer", do diretor John Moore, John McClane estará acompanhado do filho Jack (Jay Courtney), um agente da CIA, quem já não vê há um bom tempo.
Em Nova York, McClane busca informações sobre Jack e descobre que ele está preso na Rússia, acusado de ter cometido um assassinato. John logo parte para o país na intenção de rever o filho e, pouco após chegar, acaba encontrando-o em plena fuga do tribunal onde seria julgado.
Jack está com Yuri Komorov (Sebastian Koch), um terrorista que tem em mãos um dossiê que pode incriminar um potencial candidato à presidência, Chagarin (Sergey Kolesnikov). Ele não gosta nem um pouco de reencontrar o pai, mas a insistência de John em ajudá-lo acaba quebrando o gelo entre pai e filho, que vão trabalhar muito bem juntos.
Duas décadas mais velho e com muito fios de cabelos perdidos entre os cinco longas da saga, Wayne não vai deixar nada à desejar em relação ao jovem herdeiro, entrando em ação como nos velhos tempos, em que já explodiu de carros a helicópteros.
Mary Elizabeth Winstead, que viveu a filha de McClane em "Duro de matar 4.0", também está no elenco.
|