Os bancários poderão conferir o show neste sábado, 23/2, em festa exclusiva no Pirata Bar, em comemoração aos 80 anos do Sindicato dos Bancários do Ceará
A energia de Elba Ramalho é típica de quem tem pressa para viver. A paraibana continua sendo “furacão”. Mas, agora, com seus 30 anos de carreira, também se diz mais livre de qualquer cobrança. “Tenho força na voz e sinto que ela nada perdeu com o tempo. O que fiz foi lapidá-la, e agora posso brincar com os meus recursos. Gravo compositores que me tocam o coração pela verve e alegria ou pela despretensão, simplicidade”, disse em recente entrevista ao Diário de Pernambuco.
Então, ela quer mesmo é saber de cantar e dançar. Aproveitar o palco em sua completude. Vai ver é por isso que seu mais novo trabalho, o disco “Vambora lá dançar” seja um convite a uma baile que mistura forró, balada, um flerte com um samba de roda e até a batida do maracatu.
“Este disco foi gravado em dois tempos distintos e tem as assinaturas de dois grandes músicos e produtores: Cezinha e Zé Américo. Em ambos, está o meu espírito, hora romântico, hora festeiro, do jeito que a gente gosta. Um convite à festa, a alegria e a boa música. Agora é com você e para você”, convida ela.
Melhor do que falar, é mostrar. E é isso que a intérprete faz hoje para seu cativo público de Fortaleza. No show de logo mais, Elba mostra um repertório que mistura grandes sucessos de sua carreira às músicas do novo CD.
Arte e estética
O disco é mais uma forma de Elba reafirmar a busca equilibrada entre arte popular e arrojo estético. Ela confessa que em algumas canções os arranjos são tão elaborados que fica difícil de cantar. "Mas é essa mesmo a nossa proposta", garante.
Na busca por parcerias, ela volta e meia recorre aos amigos de sempre. Muito natural, em time que está ganhando não se mexe. Por isso, Cezinha - sanfoneiro que já teve um "affair" com a cantora -, e Zé Américo assinam a produção. Entre os compositores, Antonio Barros, Cecéu e Chico Pessoa, autores de vários sucessos na voz de Elba, assinam algumas faixas. Mas há espaço também para um frevo de Monique Kessous, talentos da nova cena da MPB. Tem também regravação de Mucuripe.
Chico Pessoa - que participou do CD de Elba - também se apresentará cantando músicas suas e de outros autores, em um dançante pé-de-serra.
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