Tem estreia no palco do Teatro Celina Queiroz. "Mulheres Tipo", espetáculo do jornalista Luiz Costa, narra a trajetória de um boêmio e a sua desastrosa experiência com as mulheres
Augusto é um homem da noite e, como um bom boêmio, as duas coisas que mais gosta na vida são: bebida e mulher. Aos 51 anos, desgostoso da vida e dos relacionamentos, começa a lembrar das várias mulheres que teve, todas diferentes umas das outras.
De forma bastante cômica, as histórias de Augusto, que compõem o espetáculo "Mulheres Tipo", prometem despertar, além de muitas risadas, a identificação no público. "Tenho certeza que as mulheres que forem vão se identificar com alguma característica das personagens. E os homens vão lembrar das mulheres que conheceram", adianta Luiz Costa, que além de interpretar Augusto jovem, também é autor da peça, em cartaz neste sábado e domingo, no Teatro Celina Queiroz.
São sete mulheres diferentes, todas interpretadas pela cearense Helen Barros, para quem "Mulheres Tipo" significou não só a volta ao teatro após um longo intervalo, mas também um desafio, já que ela precisa incorporar várias personalidades sem misturá-las. "Construir todas essas mulheres não é fácil, principalmente porque nunca conheci uma depressiva ou uma hippie, como as que tenho que interpretar agora. Mas no fim é muito divertido", explica.
Além dessas, Helen vive também uma prostituta nordestina, uma louca para casar, uma viciada em academia, uma workaholic e uma patricinha consumista. "Outro detalhe é que, em duas delas, eu uso sotaques bem carregados", comenta a atriz.
Interpretando Augusto mais velho e dirigindo a montagem está o experiente Júlio Guedes. Para ele, a personagem tem uma evolução em cena. "No começo é um garoto ingênuo e, ao longo dos anos, vai amadurecendo", afirma. "Já tive outras experiências com o Luiz [Costa], mas o meu desafio aqui é atuar e dirigir ao mesmo tempo. Isso porque eu não consigo me ver por completo em cena. Preciso que alguém que me observe".
Reflexão
A peça tem nove atos representando flashbacks da vida de Augusto. No último ato, Luiz explica, os três juntos fazem uma reflexão sobre os vários tipos de pessoas, sobre o amor e, principalmente sobre o dilema de estar só, que é o dilema do próprio personagem, já que, apesar de ter tido muitas mulheres, no fim não teve ninguém.
Foram quase cinco meses de trabalho até a estreia amanhã. Para a equipe, as expectativas são enormes. "A última semana é sempre de nervosismo. Mas está tudo pronto", garantem.
Também repórter da TV Verdes Mares, Luiz Costa começou a atuar ainda nos tempos da escola. Já na faculdade, participou de grupo de teatro. Apesar de ter ficado longe por uns tempos, a paixão pelos palcos persistiu. Há três anos decidiu começar a escrever.
"Já tenho três textos. Esse é o segundo e pretendo colocar o outro em prática. Não quero parar de escrever", avisa.
Mais informações
Mulheres Tipo
Dias 05 e 06, às 20h, no Teatro Celina Queiroz (Unifor). Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Tel.: 3477-3033
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