Os bancos se recusam a apresentar proposta aos bancários, mas tentam forçar abertura das unidades. De acordo com denúncias, houve orientação, por ordem da Fenaban, para “abrir” as agências e isso faria parte de um “pacto entre os bancos”. Mas os bancários não aceitaram a pressão.
Greve é um direito constitucional e deve ser respeitado. A lei 7.783/89 prevê, em seu artigo 1º, que “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.
A legislação assegura, ainda, aos grevistas “o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve”. E proíbe as empresas de “adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.
Se os bancos querem acabar com a greve, não precisam usar de força, nem coagir trabalhadores a furar o movimento. Basta ter seriedade na mesa de negociação, apresentar proposta com aumento digno aos bancários, mecanismos de proteção aos empregos, valorização dos vales, auxílios.
Enquanto não houver proposta decente a greve vai continuar forte. Os bancários estão cada dia mais conscientes quanto à necessidade do exercício do direito de greve, e sabem que só a luta pode nos garantir melhores condições de trabalho.
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