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 18/01/2010 |
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Edição Nº 1118 de 18 a 23 janeiro de 2010 |
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SEEB/CE realiza ato no Dia Nacional de Luta da Caixa |
 O aniversário de 149 anos da Caixa, comemorado no dia 12/1, foi marcado com muitas mobilizações dos trabalhadores em todo o Brasil. O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou um ato na sede da agência da Caixa na Praça do Ferreira e contou com a participação de empregados e dirigentes do Sindicato. O Dia Nacional de Luta foi organizado pela Contraf-CUT e teve como objetivo defender uma proposta de PCC (Plano de Cargos Comissionados) digno aos trabalhadores da Caixa. “Uma entidade de 149 anos já aprendeu o suficiente para dizer que precisa ter compromisso com a sociedade e esse compromisso vem através da criação de empregos, uma melhor qualidade e rapidez de atendimento”, disse Marcos Saraiva, diretor do SEEB/CE e empregado da Caixa.
No ato, foi cobrada da Caixa uma proposta negociável de PCC, que possibilite uma remuneração mais justa e melhores condições de trabalho para possibilitar melhor atendimento dos clientes. “Hoje os salários são muito baixos e as funções é que estão representando o salário e termina que os funcionários se escravizam. Isso é destrutivo para a própria empresa”, disse o diretor sindical e empregado da Caixa, Áureo Jr.
Os dirigentes do SEEB/CE falaram da importância da Caixa para a sociedade. Elvira Madeira, diretora da entidade e empregada da empresa, lembrou à população que para a consolidação da Caixa como uma empresa estatal consciente de seu papel social é necessária a valorização dos profissionais. “Por trás dos balcões, de quem faz a sua conta, seu programa Minha Casa, Minha Vida, existe um profissional desrespeitado”.
Segundo Áureo Jr., a Caixa apresentou algumas linhas da sua proposta, mas sem apontar valores, e repassou o plano para os órgãos controladores do governo federal para depois apresentar a empresa. “Nós definimos que eles apresentassem os valores, os pormenores, mas a Caixa não fez isso. Por isso que nós dissemos que faltou transparência nesse debate”.
Ao som de marchinhas de carnaval, tocadas pela Banda Furiosa, os diretores do SEEB/CE apresentaram aos transeuntes da Praça do Ferreira quais eram as reivindicações dos empregados da Caixa. Depois, os diretores entraram na agência e falaram com os caixas e clientes. A agência estava com intensa movimentação e alguns clientes tinham que esperar em pé pelo atendimento.
PROPOSTA DA CAIXA – O PFG (Plano de Funções Gratificadas), proposto pela Caixa para substituição do PCC, unifica três tabelas existentes no PCC, criando 15 níveis com diferença de 15% entre eles, e elimina as classes de filiais e de mercado. O plano altera a nomenclatura dos cargos e os reduz de 119 para 56 funções, mantendo o quantitativo. Também realinha os cargos hierarquicamente, segundo suas complexidades, responsabilidades e atribuições.
A migração dos empregados do PCC para o PFG acontecerá automaticamente no cargo correspondente. Nesse processo poderá ocorrer redução da jornada de trabalho com diminuição do salário. A Caixa propôs a criação do Adicional Provisório de Ajuste do PFG (APA) para garantir a irredutibilidade negociada na campanha de 2009. A empresa liga o PFG à solução das jornadas da carreira técnica, reduzindo de oito para seis horas com redução proporcional da remuneração.
COBRANÇAS – Os profissionais cobram a implantação do PCC (Planos de Cargos Comissionados) e rechaçam a proposta da Caixa do PFG (Planos de Funções Gratificadas). Dentre outros itens, os bancários propõem: jornada de seis horas para todos os empregados sem diminuição do salário; extinção dos mercados B e C, com adoção dos valores do mercado A, e das filiais 2 e 3, com adoção dos valores das filiais 1; não permitir discriminação em relação aos empregados que permaneceram no REG/Replan não-saldado ou no antigo PCS; além de critérios de comissionamentos e descomissionamentos.
MOBILIZAÇÃO CONTINUA – As mobilizações dos bancários não terminam com o Dia Nacional de Luta. No dia 27 de janeiro, ocorrerá o lançamento da campanha pela isonomia dos empregados da Caixa, que terá a bandeira “2010, o ano da isonomia”. Em abril, a mobilização continuará com o Saúde Caixa e, na segunda quinzena de maio, haverá o indicativo para a realização do 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). |
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