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18/01/2010 |
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Edição Nº 1118 de 18 a 23 janeiro de 2010 |
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| MOBILIZAÇÃO |
Bancários do Santander e Real exigem PPR justo e marcam dia nacional de luta |
A ampliação e fortalecimento da jornada, iniciada no dia 28/12, e a realização de um dia nacional de luta na próxima quarta-feira, dia 20/1, foram as principais decisões da plenária nacional de dirigentes sindicais do Santander e Real, rea-lizada pela Contraf-CUT no último dia 12, em São Paulo. O objetivo é reforçar a mobilização para que o Santander retome as negociações e apresente uma proposta digna para o aditivo à convenção coletiva de trabalho e o acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR).
Participaram mais de 60 dirigentes sindicais de todas as regiões do país, oriundos de diversos sindicatos e federações. Também compareceu um representante da Contec. Todos se manifestaram indignados com a proposta de PPR do banco, cobraram melhorias no aditivo e prometeram aumentar a pressão sobre o Santander, um banco que patrocina grandes eventos, como a Fórmula 1 e a Copa Libertadores, e não entende a importância de remunerar bem os seus funcionários.
Na plenária, o Dieese fez uma apresentação, mostrando dados sobre as isenções tributárias do banco, em função da assinatura de acordos com as entidades sindicais envolvendo participação nos lucros e resultados.
Os dirigentes sindicais exigem do banco um critério para o pagamento de PPR e decidiram pela continuidade da jornada. A proposta do Santander é firmar um acordo por dois anos, pagando R$ 1 mil de PPR, em fevereiro de 2010, e outros R$ 1 mil corrigidos pelo índice de reajuste a ser conquistado na campanha salarial deste ano, em fevereiro de 2011.
Enquanto isso, o banco aprovou na assembleia dos acionistas de 2009 o valor de R$ 223,8 milhões para remunerar seus 26 diretores executivos, o que significa uma média de R$ 8,26 milhões para cada um. Infelizmente, não existe nenhuma lei que restrinja a remuneração dos executivos.
Para Eugênio Silva, empregado do Santander / Real e diretor do SEEB/CE, o valor oferecido como PPR aos bancários é ridículo, pois “estes são os que suam a camisa para produzir o lucro do banco”, ressalta. Eugênio também destacou o fato de não haver critérios para a remuneração, mas está confiante no Dia Nacional de Luta, que acontece no próximo dia 20: “estamos esperançosos em que o Dia Nacional de Luta sensibilize a direção do banco para que se abra um canal de negociação e eles apresentem uma proposta digna para os bancários”.
ADITIVO TEM AVANÇOS E PENDÊNCIAS – Já a proposta de aditivo também por dois anos à convenção coletiva contém avanços, como a manutenção dos incentivos à aposentadoria até 31 de agosto de 2010, a conquista da licença sem vencimentos de 30 dias e a extensão do prêmio de dois salários para os funcionários do Santander que completaram 25 anos de casa antes de 1º de janeiro de 2009.
Mas há várias pendências, como a garantia de emprego durante o processo de fusão, o termo de compromisso para manutenção do patrocínio do HolandaPrevi e Bandeprev, a criação de um grupo de trabalho para discutir o processo eleitoral do HolandaPrevi e Sanprev, a unificação do valor do auxílio-academia e a extensão de direitos dos bancários da Espanha. |
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