|
|
 27/07/2010 |
 |
Edição Nº 1144 de 19 a 23 de julho de 2010 |
 |
|
|
Sindicato dos Bancários e SSPDS buscam parceria para combater assaltos no Interior |
Sindicato dos Bancários do Ceará e Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) como parceiros na luta contra a onda de assaltos no Interior. Esse foi o saldo principal da reunião entre os dois órgãos, que aconteceu no último dia 21/7. A reunião foi uma iniciativa do gabinete do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Nelson Martins (PT/CE) e contou com a participação do secretário Roberto Monteiro e de vários diretores do Sindicato, incluindo o presidente Carlos Eduardo Bezerra.
Além da parceria, o Sindicato dos Bancários se inteirou sobre a comissão, criada desde o dia 1º/7, para combater os assaltos a bancos no Interior. A comissão tem à frente o responsável pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), delegado Wilder Brito. Ele revelou que o objetivo dessa comissão é trabalhar a prevenção do crime e desarticular as quadrilhas antes que ele aconteça. “Estamos detectando em quais regiões estão acontecendo os assaltos, quais tipos de quadrilhas estão agindo nessas áreas e estamos trabalhando no sentido de identificá-las e, consequentemente, prendê-las”. Brito admitiu que realmente há uma deficiência quanto ao efetivo policial no interior, mas que a polícia vem realizando, pontualmente, operações de abordagem nas estradas que dão acesso a várias cidades. Ele destacou ainda que existem quadrilhas, agindo no Ceará, provenientes de diversos estados, como Maranhão e até mesmo São Paulo. Além de Brito, a comissão é integrada por mais um delegado da Polícia Civil, dois oficiais da Polícia Militar e um representante do setor de segurança dos bancos.
O secretário Roberto Monteiro argumentou que um trabalho conjunto com os demais estados nordestinos também precisa ser feito para acabar com o que ele chama de “Novo Cangaço”. São grupos com armas de grosso calibre que invadem cidades do Interior e praticam assaltos a bancos, lotéricas e comércio em geral. Ele admitiu, no entanto, que os ataques acontecem principalmente por dois motivos: o pouco investimento dos próprios bancos em segurança privada e o baixo efetivo policial de algumas localidades cearenses. Essa última, Monteiro tachou de “herança”. “Sabemos que há cidades em que o policiamento se reduz a três homens. Três homens mal podem tomar conta de uma delegacia, quanto mais de um município inteiro. Mas estamos procurando melhorar”, contrapôs. Ele informou que 1.689 novos praças da Polícia Militar devem ser nomeados até o começo de agosto.
O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, destacou que a entidade tem todo o interesse de ser parceira da SSPDS no combate a esse tipo de crime. “Nós temos a convivência direto com o bancário, que confia no diretor do Sindicato, que confidencia coisas aos diretores que muitas vezes não diz à polícia. Em muitos casos, o bancário que acaba de sofrer um assalto, antes de ligar para a polícia, acaba ligando para o diretor”, informa.
Já o diretor do SEEB/CE, Marcos Saraiva, informa que a entidade já vem realizando um trabalho, junto à população dos municípios, procurando prevenir a ação dos assaltantes. “Estamos aproveitando o fato de que nessas cidades todo mundo se conhece. Queremos imbuir na população o pensamento de que se existe uma pessoa estranha na cidade, rondando, perguntando, observando, essa pessoa deve ser denunciada à polícia para que seja investigada. O bandido nunca vai ao banco assaltar sem antes observar. Essa também é uma forma de prevenir o crime”, avalia.
O diretor do Sindicato Robério Ximenes cobra mais medidas de segurança de banqueiros e poder público. “Os bancários, seus familiares, outros trabalhadores, a polícia e a clientela dos bancos estão sendo sequestrados, feridos, roubados e até mortos. Enquanto isso, os banqueiros enchem os cofres com mais de R$ 30 milhões de lucro só no 1º semestre. E nada fazem para mudar isso. O sistema público de segurança e os próprios sistemas de segurança dos bancos precisam ser modernizados, reaparealhados, buscando antever os assaltos. Um sistema de inteligência com delegacia especializada precisa ser construído urgentemente”, avalia. |
|
|
|
|
))
