
A Contraf-CUT apresentou a mídia unificada da Campanha Nacional dos Bancários 2010, durante a plenária final da 12ª Conferência Nacional, dia 25/7, no Rio de Janeiro. “A logomarca é resultado de um processo democrático de construção, através de duas reuniões em São Paulo e uma em Brasília, com a participação de vários sindicatos e federações, bem como de profissionais de imprensa, quando definimos por consenso um conceito de mídia para impulsionar a organização e a mobilização da categoria em todo País”, afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
O mote desse ano para a Campanha Nacional é “Outro banco é preciso”, inspirado no tema “Outro mundo é possível” do Fórum Social Mundial, que comemora 10 anos em 2010. “O objetivo é mostrar que é preciso outro sistema financeiro, que respeite e valorize bancários e clientes e que esteja a serviço da sociedade”, destacou o diretor da Contraf-CUT. “Trata-se, pois, de uma importante ferramenta de comunicação para dialogar com os bancários, os clientes e a população e, ao mesmo tempo, pressionar os bancos a atender a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2010”, concluiu Ademir.
O slogan da campanha é “Pessoas em 1º lugar”. Conforme Ademir, “a intenção é mostrar que os interesses dos trabalhadores, clientela e sociedade precisam ser colocados acima do lucro e da ganância das instituições financeiras”. A imagem é um grupo de pessoas, com várias cores, simbolizando a diversidade étnica e racial do povo brasileiro. Entre eles, há um negro, uma das raças discriminadas pelos bancos, conforme apontou o Mapa da Diversidade. Também aparece um cadeirante, um dos símbolos da discriminação das pessoas com deficiência, cuja cota de 5% do quadro de funcionários não vem sendo cumprida pelos bancos.
Mas a principal figura em destaque na imagem é uma mulher, simbolizando a necessidade de igualdade na contratação, na remuneração e na ascensão profissional dentro dos bancos. A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), feita pela Contraf-CUT e Dieese com base nos dados do Caged, apontou que no ano passado as mulheres foram admitidas com salários 30,6% inferiores aos homens e elas foram desligadas ganhando 32,13% a menos. A produção da campanha foi feita pela MGiora Comunicação, de São Paulo.
PRINCIPALMENTE AS PESSOAS – “O mote da campanha desse ano vem enfatizar o que os bancos devem realmente colocar em primeiro lugar, que são as pessoas. Hoje, ao entrar num banco, o que se vê são funcionários preocupados com metas abusivas, clientes esperando horas na fila porque não há bancários suficientes para atendê-los, sem falar nas tarifas e juros exorbitantes que temos que pagar. Essa situação tem que mudar. Queremos mostrar à sociedade que outro banco é preciso e que as pessoas devem ser prioridade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. |