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  09/08/2010
Edição Nº 1146 de 9 a 14 de agosto de 2010
SAÚDE

Enxaqueca: doença é rotina para muitas pessoas

A convivência com a enxaqueca já é de longa data. Desde a adolescência, Fabíola Damasceno, pedagoga, 29 anos, sofre com fortes dores de cabeça, mas o problema piorou com a entrada na universidade, quando ela teve algumas mudanças de hábitos alimentares. “Ficou pior com 17, 18 anos, pois começou a vir também com refluxo”, disse. Fabíola conta que a enxaqueca atrapalha tanto suas atividades no trabalho como na vida pessoal, apesar de contar com apoio do marido e dos colegas de trabalho.

As causas da enxaqueca a pedagoga ainda não sabe quais são, mas ela arrisca que o problema seja hereditário, pois o seu avô também tinha dores de cabeça constantes e a maioria das mulheres de sua família também tem enxaqueca. Em busca de sanar a doença, Fabíola fez um plano de saúde, porém o tratamento foi interrompido por conta de burocracias na carência do plano. Atualmente, ela fez outro plano e está esperando passar o período da carência para iniciar um tratamento. Por enquanto, a automedicação e o isolamento durante as crises têm sido as soluções encontradas por ela para diminuir a enxaqueca.

Fabíola Damasceno está dentro de uma parcela da população que tem sua rotina marcada pela enxaqueca. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaléia, cerca de 15% da população brasileira sofre com enxaqueca. E o que poucas pessoas sabem é que essa é uma doença e, portanto, precisa ser diagnosticada e tratada. Segundo o Dr. João José de Carvalho, neurologista do Hospital Geral de Fortaleza e especialista em dor de cabeça, a doença é genética e hereditária. Ele explica que as dores de cabeça em geral, incluindo a enxaqueca, podem ser dores secundárias, quando a dor é decorrente de um outro problema no organismo – a dor de cabeça funciona aí como um alarme – ou podem ser dores primárias, quando o problema está no próprio mecanismo de alarme. É neste último tipo de dor que a enxaqueca está incluída.

“Só tem enxaqueca quem tem um defeito genético que construiu um cérebro normal, porém com uma desregulamentação envolvendo o mecanismo cerebral de controle da dor”, explica o neurologista. Não reconhecer que a enxaqueca é uma doença, segundo o Dr. João José de Cravalho, é algo muito grave. “Isso é gravíssimo, na minha maneira de ver, porque atrasa em cinco anos a procura médica”.

MULHERES – A queixa da Fabíola Damasceno, apresentada no início da matéria, é a mesma de muitas mulheres. Segundo o Dr. João José de Carvalho, 20% das mulheres sofrem com a doença, em relação a 8% dos homens. Por que elas são tão afetadas pela enxaqueca? O neurologista explica que essa questão ainda não foi totalmente esclarecida pela medicina. Os fatores hormonais podem ter um papel nessa questão, mas não explica totalmente, já que muitas mulheres também passam por esses fatores hormonais mas não têm enxaqueca, adverte o médico.

SINTOMAS – A enxaqueca possui sintomas bem característicos, que diferem dos outros 184 tipos de dores de cabeça. A enxaqueca é uma dor recorrente, de moderada a forte intensidade, unilateral, ou seja, a dor persiste mais em um lado da cabeça, latejante, que piora com a realização de atividades físicas, podendo ocorrer vômitos e hipersensibilidade à luz e ao som. Procurar um médico ao sentir os sintomas é essencial, pois o risco de ocorrer uma evolução para uma dor crônica são maiores quando a enxaqueca não é tratada em seu início, tornando o tratamento mais caro e demorado.

O Dr. João José enfatiza que as causas da enxaqueca não são decorrentes de hábitos alimentares, estresse ou período menstrual, no caso das mulheres. Ele explica que esses são fatores deflagradores e não, a causa da doença. Reconhecer isso, segundo o neurologista, é importante para buscar ajuda médica nos primeiros indícios de enxaqueca.


ENXAQUECA AFETA A ECONOMIA

Além de afetar a rotina do indivíduo, atrapalhando suas atividades diárias, inclusive relações pessoais, a enxaqueca também significa um problema oneroso para a economia. Estudos apontam que pessoas com enxaqueca faltam de 8 a 10 dias de trabalho por ano devido à doença. O Dr. João José de Carvalho explica que esses dias estão incluídos tanto a falta em si, quando o funcionário não está presente no emprego, como a produtividade nula, ou seja, quando o funcionário está presente no trabalho, mas por causa da enxaqueca não consegue produzir. Considerando que todos ganhem um salário mínimo, os custos para a economia podem atingir cerca de 50 milhões de reais. “Isso considerando que todos ganhem salário mínimo, porque é muito mais do que isso”, disse o neurologista.


Núcleo de dor de cabeça do HGF dá assistência a pessoas que sofrem com dor de cabeça

O Núcleo de Assistência e Pesquisa em Dor de Cabeça do Hospital Geral de Fortaleza está completando 20 anos em 2010, fazendo um importante trabalho no diagnóstico e tratamento de diversos tipos de dores de cabeça. O benefício do Núcleo pode ser demonstrado em números. Já são aproximadamente 30 mil atendimentos, beneficiando 10 mil pessoas. Os atendimentos são feitos, principalmente, em pessoas que têm enxaqueca, correspondendo cerca 80% dos atendimentos. “A enxaqueca é a mais recorrente, por que ela incomoda muito”, explica o Dr. João José de Carvalho, coordenador do Núcleo.

O atendimento do Núcleo de dor de cabeça é realizado às quintas-feiras, pela manhã. O encaminhamento dos pacientes é feito pelos postos de saúde. Além dos atendimentos, o Núcleo também realiza mutirões duas vezes ao ano. O primeiro em 2010 foi realizado no dia 29 de maio, Dia Nacional da Dor de Cabeça, em que foram atendidas 272 pessoas. O segundo mutirão de 2010 ainda não tem data prevista, mas o coordenador do Núcleo acredita que vá ser realizado no final do ano.

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