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09/08/2010 |
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Edição Nº 1146 de 9 a 14 de agosto de 2010 |
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| MOBILIZAÇÃO |
Luta em prol da isonomia nas estatais mobiliza dirigentes sindicais |
Dirigentes de entidades sindicais, representando uma base de mais de 200 mil trabalhadores, incluindo os bancos públicos e órgãos do serviço público federal, reuniram-se na quarta-feira, dia 5/8, na sede da Fenae, em Brasília (DF), com o objetivo de debater propostas de mobilização para combater um problema comum a todos: a falta de isonomia entre trabalhadores antigos e novos. Ao final do encontro, ficou definida a realização de uma reunião ampliada até o dia 31/8, em São Paulo (SP). Outro ponto acordado pelas lideranças sindicais é de propor à Central Única dos Trabalhadores (CUT) a coordenação do processo de luta em prol da isonomia.
A iniciativa de convocar a reunião partiu da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa). Ao abrir o encontro, o coordenador da CEE/Caixa e diretor de Administração e Finanças da Fenae, Jair Pedro Ferreira, lembrou que as discriminações envolvem várias empresas estatais e as representações dos bancários entendem que a reivindicação deve acontecer de forma coletiva, a fim de eliminar os obstáculos que travam a conquista da isonomia.
O diretor da Contraf/CUT, Plínio Pavão, fez um histórico do problema na Caixa e lembrou que as discriminações começaram a partir de 1998, época em que os bancos públicos federais estavam sendo preparados para a privatização. De 2003 para cá, segundo ele, o movimento nacional dos empregados da Caixa conseguiu, através de lutas e greves, avançar em alguns pontos as Apips, o parcelamento do adiantamento de férias, o Saúde Caixa, o Novo Plano da Funcef e a unificação do Plano de Cargos e Salários (PCS). No entanto, ainda falta conquistar o Adicional por Tempo de Serviço (ATS), também conhecido como anuênio, e a licença-prêmio.
A exemplo do que acontece na Caixa, os trabalhadores dos demais bancos federais – Banco do Brasil, Banco do Nordeste (BNB) e Banco do Amazônia (Basa) –, além de outros órgãos federais, também sofrem discriminações provocadas pela falta de isonomia, segundo um breve relato feito pelos dirigentes sindicais presentes ao encontro.
DIRIGENTES DO CEARÁ – Para Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE e representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, o principal problema de isonomia hoje na Instituição é a ausência de um PCCS que trate igualmente os trabalhadores. Tomaz de Aquino, coordenador da Comissão nacional dos funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT) aponta três questões que afetam o caráter isonômico no Banco: ausência da licença-prêmio, plano de previdência defasado, emperrando a saída de mais de mil trabalhadores já aposentados pelo INSS e, como consequencia., a falta de renovação do quadro pela não autorização do governo para o banco realizar concurso público.
Outro ponto definido na reunião foi de que cada entidade fará um levantamento sobre o que avançou e o que ainda falta conquistar nas empresas que representa, para apresentar na reunião ampliada que deverá ocorrer em São Paulo até o fim deste mês.
Participaram do encontro as seguintes entidades: Contraf/CUT e CEE/Caixa, Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil, Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, Comissão Nacional dos Funcionários do Basa, Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados (Fenadados), Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), Federação Nacional dos Portuários e Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf). A reunião contou ainda com a presença do assessor parlamentar da CUT, Humberto Borges, e de um representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). |
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