
O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou ato, no dia 10/9, na agência Centro do Banco do Nordeste do Brasil. O ato faz parte de um conjunto de mobilizações nacionais realizadas por orientação da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT), por todos os sindicatos do País que tem os funcionários do BNB em suas bases. A principal reivindicação da mobilização é o retorno da licença-prêmio, para os funcionários que tiveram o benefício suprimido em janeiro/97.
O ato precede a segunda rodada de negociação específica com o BNB, que será realizada no dia 13/9 e terá as cláusulas sociais e de saúde em sua pauta. Mesmo com uma função social de extrema importância para o Brasil, sendo o maior agente de microcrédito da América Latina, o BNB vem protelando a extensão do direito na hora de negociar com seus funcionários.
“Esse Banco, que merece o respeito da sociedade, também tem que respeitar os trabalhadores e esse respeito se faz quando o Banco atende as reivindicações dos funcionários e isso inclui a licença-prêmio”, disse o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste (CFBNB), Tomaz de Aquino.
O coordenador da CNFBNB lembrou que a licença-prêmio é um direito de todos os funcionários das estatais e o BNB é a única empresa onde esse direito foi extinto. A licença-prêmio só retornou através de processo judicial e mesmo assim atingiu pequena parcela dos funcionários do Banco.
Na manifestação, os diretores do SEEB/CE ressaltaram a postura intransigente que os bancos vêm apresentando nas mesas de negociações da Campanha Nacional. Tomaz disse que os bancários não aceitarão esse descaso e tomarão as ações necessárias para que se façam valer seus direitos. “Infelizmente, a única linguagem que os bancos entendem é a da paralisação, porque aí mexe com os cofres deles”, disse o coordenador da CNFBNB.
O ato contou com a participação e discursos dos diretores do SEEB/CE Ribamar Pacheco, Telmo Nunes, Luís Roberto Félix (Bebeto), Carmen Araújo, Plauto Macedo, Cláudio Rocha, Océlio Silveira, Ieda Marques, Pedro Moreira e Mateus Neto.
REIVINDICAÇÃO HISTÓRICA – Tomaz ressaltou que o retorno da licença-prêmio é uma questão de honra. Ele afirmou que a reivindicação está pendente desde 2003. O diretor explicou que o benefício concede ao funcionário três meses de licença, depois de cinco anos de trabalho sem falta.
Em 1997, na gestão de Byron Queiroz, o direito foi retirado, assim como as promoções, anuênios e folgas. Esses três últimos foram restabelecidos na gestão de Roberto Smith, porém a LP continua pendente para muitos funcionários. |