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27/09/2010 |
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Edição Nº 1153 de 27 de setembro a 2 de outrubro de 2010 |
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| COMANDO ORIENTA GREVE |
Bancos propõem 4,29% de reajuste. Bancários vão à greve a partir do dia 29 |
Depois de exatos 30 dias de negociações, a Fenaban rejeitou na última quinta-feira 22/9 a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, como o reajuste de 11%. Os bancos apresentaram apenas a proposta de reposição da inflação dos últimos 12 meses, que é de 4,29% segundo o INPC. O Comando Nacional considera essa postura dos bancos um desrespeito aos bancários e orienta os sindicatos a reforçarem a convocação das assembleias do dia 28/9, para a deflagração da greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 29/9 (veja edital e aviso de greve).
“O que os bancos estão fazendo é uma provocação aos bancários. A economia está crescendo como nunca, o lucro dos bancos aumentou em média 32% no primeiro semestre e eles oferecem apenas a reposição da inflação”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Com essa posição, os bancos não estão apostando no diálogo e sim na greve”.
Os representantes dos bancos disseram na negociação da quarta-feira que “o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto”. Sobre a PLR, só informaram que pretendem aplicar a mesma fórmula do ano passado. E sobre a valorização dos pisos não apresentaram nada.
O Comando Nacional reafirmou as reivindicações da categoria e deixou claro que, além dos avanços econômicos (como aumento real de salário, melhoria na PLR e elevação dos pisos), os bancários exigem melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.
O Comando Nacional encaminhará documento à Fenaban, reafirmando a pauta de reivindicações da categoria e dando prazo até segunda-feira 27/9 para apresentação de nova proposta que possa ser apreciada nas assembleias do dia 28/9.
INSTRUMENTO DE LUTA – “A postura dos banqueiros tem empurrado os bancários para a greve, porque em todas as nossas reivindicações eles têm colocado dificuldade”, alertou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, observando que os banqueiros não querem investir em segurança, saúde, igualdade de oportunidades e combate à discriminação. “Idêntica estratégia tem sido adotada em relação às demais reivindicações”, completou.
O que os bancários reivindicam
● 11% de reajuste salarial.
● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
● Previdência complementar em todos os bancos.
● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.
● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos. |
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